O EPOS, o European Plate Observing System, é uma infraestrutura de pesquisa multidisciplinar e partilhada que facilita o uso integrado de dados, produtos de dados e instalações da comunidade de ciências da Terra na Europa.

Os países europeus juntos possuem um mosaico de centenas de Infraestruturas Nacionais de Pesquisa (NRI) impressionantes, mas separados, que incluem redes geofísicas, observatórios, implantações temporárias, laboratórios e instalações de modelagem para estudos da Terra sólida. E a EPOS é um plano de longo prazo para a integração destas infraestruturas de pesquisa nacionais e transnacionais existentes para ciências da Terra sólidas na Europa.

É assim que, será realizado a primeira conferência internacional da EPOS no Hotel Hilton em Santa Maria, na ilha do Sal, de 11 a 13 de Julho. A conferência “EPOS Meets Africa”, será em formato híbrido, e pretende criar um ambiente estimulante para que comunidades da Europa, África e América Latina se conheçam melhor e definam as melhores práticas de cooperação entre suas instituições de pesquisa, Da parte de Cabo Verde contamos com a participação da UNI-CV e do INMG.

Os resultados da previsão sazonal (de consenso) para Cabo Verde sugerem uma estação húmida para 2022

As previsões sazonais atualmente são consideradas não só ferramentas essenciais para planeamento das atividades agrícolas e gestão de recursos hídricos, como também para a preparação e gestão de eventuais eventos climáticos extremos, podendo ser utilizada para melhorar a resiliência da população as mudanças climáticas.

Tendo como referencia as medias climáticas de 1991-2020 (normal climatológica), e os resultados das previsões do Centros globais especializados da OMM, a previsão de consenso das características Agro-hidroclimáticas para a zona Sudano-saheliana, apontam para uma estação em geral húmida no período de junho e setembro, com os seguintes resultados:

Nível Regional

A previsão do consenso indica grande probabilidade de as chuvas serem equivalentes ou superiores a media climatológica na maior parte da faixa Saheliana, com datas de início geralmente precoces, datas de término da estação tardias, e períodos de sequência seca curtos na parte ocidental e médios na parte oriental.

Nível Nacional

Em geral, para todo o arquipélago, a previsão nacional e a do consenso apontam para probabilidades de chuvas normais com tendência à excedentárias para o primeiro trimestre Junho-Julho-Agosto, e chuvas normais ou em torno da normal climatológica, para o segundo trimestre Julho-Agosto-Setembro.

Data de início e fim da estação

Verifica-se tendência para o início de estação ser normal a precoce (meados de julho), o fim da estação ser tardio (meados de outubro) e as sequências secas serem curtas.

É importante realçar que esta previsão não descarta a probabilidade de ocorrência de eventos extremos (chuva intensa, depressões tropicais, ventos fortes e agitação marítima), que podem atingir todo ou parte arquipélago, com intensidades variadas.

No seu último dia de visita oficial aos Açores, o Ministro da Agricultura e Ambiente foi recebido em audiência no Palácio de Sant’ Ana pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro. Esta visita demonstra a vontade recíproca de reforçar a cooperação conjunta tendo em conta a enorme proximidade e identidade de ambos os territórios, parte da Macaronésia e cujas relações, conforme o Ministro da Agricultura e Ambiente devem ser reforçadas em vários campos.

Segundo o Ministro da Agricultura e Ambiente, ambos os arquipélagos enfrentam os desafios impostos pela pequenez, designadamente de organização do setor produtivo para ganhar escala, do desenvolvimento das cadeias de valor, assim sendo é necessário explorar certos nichos de mercado, da transformação da agricultura, da atração de jovens para o setor, que de resto têm mais apetência para a modernização, entre outros desafios.

O Ministro da Agricultura e Ambiente sublinhou que a cooperação entre os dois arquipélagos é para continuar, assegurar as trocas comerciais no sentido de partilhar as boas práticas, o conhecimento entre os dois arquipélagos, com uma abordagem pragmática e voltada para os desafios da insularidade.

“Estou a chefiar uma Delegação aqui em Açores no âmbito de um projeto muito concreto no ramo da agricultura para defender os resultados positivos, e dizer que é preciso continuar , transferir experiências dos dois lados e acima de tudo estreitar relações, portanto vamos daqui com o sentimento de que valeu a pena.”

O presidente do Governo Regional dos Açores, por sua vez, manifestou vontade política de manter e reforçar as relações da região com Cabo Verde, sob uma perspectiva de um desenvolvimento sustentável e respeitador da natureza.

“Queremos manter esta via aberta, também tendo em vista o futuro, por exemplo, através do papel do mar nas alterações climáticas ou na instalação de meios de vigilância meteorológica. Serão colaborações arquipelágicas enquadradas numa perspectiva de desenvolvimento sustentável e respeitador da nossa natureza, em todo o território, incluindo o marítimo e espacial”, defendeu José Manuel Bolieiro.

A visita oficial à República dos Açores, foi muito positiva, com várias experiências muito úteis e inspiradoras para Cabo Verde e com o compromisso de uma Macaronésia mais forte e mais unida